quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Novo endereço

A mudança está pronta. O Aconchegando já está funcionando no novo endereço.




Aguardo vocês lá!


sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

O Aconchegando completa 1 ano!

"Chegou a hora de apagar a velinha. Vamos cantar aquela musiquinha..."
O blog está completando um aninho de existência. E eu estou muito feliz.
Quero de agradecer a Carlos Eduardo, que me deu a idéia de escrever um blog e me tirou várias dúvidas. Quero agradecer também a Rafael, meu irmão, que está me ajudando com a mudança de endereço. Pois é, vou deixar o Blogger e aderir ao Wordpress. Em breve, estarei em www.aconchegando.com . Por enquanto ainda estou de mudança.
Quero agradecer também a cada um que visitou o blog, que seguiu, que comentou... Muitíssimo abrigada!
E aproveito também para desejar a todos um 2012 maravilhoso, cheio de paz, felicidades, sonhos realizados e muito aconchego no coração.
Um grande abraço a todos!





sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Um sonho

O ano novo está chegando. É natural, nessa época, recordar o que passou e planejar o que virá. Desejo tantas coisitas para 2012, mas a grande meta é, sem dúvida, ser mãe.
Tenho uma outra grande meta, que não vai dar pra realizar em 2012, mas acontecerá em um futuro próximo. Quero um pedaço de terra (um sítio, um rancho, fazenda, chácara ou sei lá o que) pra criar animais, pra tirar frutas do pé, pra reunir amigos, pra dar espaço e liberdade às crianças que virão... Como descreve bem a música de Gilson e Joran: "Eu queria ter na vida simplesmente um lugar de mato verde pra plantar e pra colher. Ter uma casinha branca de varanda, um quintal e uma janela para ver o sol nascer" Quero sim ter um varandão pra reunir uns violeiros e cortejar a lua cheia. Já a palavra "casinha" não descreve bem o meu objetivo. Quero mesmo é uma casa gigante, pra caber todos os amigos e familiares que quiserem aparecer, sem que eu precise me preocupar onde acomodar cada um. Tem que ser grande pra caber todo mundo, mas não são necessários requinte e sofisticação. Quero simplicidade! Pensei em fazer uma área de lazer para as crianças com piscina e quadra para esportes. E, no São João, essa quadra se transformará em arraial. Ah! Lá vai ter muito forró! No nosso café-da-manhã, nunca faltaram frutas colhidas no nosso quintal, leite fresquinho tirado da vaca e ovos vindos das nossas galinhas.
Lá vai ter gente falando alto, crianças brincando e correndo, som dos mais diversos animais. Há de ter também noites estreladas, histórias a serem contadas, rede na varanda e um clima agradável.
Minha vontade é aproveitar o espaço para montar minha Arca de Noé. Criar um casal de patos, de burrinhos, de guinés, de perus, um galo e uma galinha, um bode e uma cabra, um boi e umas vaquinhas, um cavalo e uma égua, gatos, cachorros, araras, papagaios, saguis, porcos e o que mais couber. Tudo sem fins lucrativos. Quero ter o prazer de ver a vida acontecendo e presenciar as diversas fases dela. Quero ensinar meus filhos a amarem e respeitarem os animais, as plantas e o planeta como um todo.  
Esse dia vai chegar e tomara que não demore muito!





sábado, 26 de novembro de 2011

A casa de Vovó

Como falar em aconchego e não fazer referência à casa da minha avó?
As avós são criaturas que amam como as mães, porém sem o compromisso de educar e impor limites. Isso as torna seres pra lá de aconchegantes. Em geral, elas são pessoas experientes, que já erraram muito na criação dos filhos e que, com os netos, têm uma segunda chance para acertar. Calejadas que são, elas já se libertaram das pequenas amarras que atrapalham a felicidade, já se deram conta do quanto a vida é curta e estão disponíveis para aproveitar o que há de melhor e o que vale a pena ser vivido.
Minha avó especificamente é a personificação do aconchego e a casa dela é como um ninho. Lá sempre tem lugar para todos. Era comum familiares passarem períodos morando lá, uma vez que a maior parte da família é residente de pequenas cidades, no interior do estado.
Quando vieram os netos, a casa vivia cheia. Eram risos, choros, brinquedos, fraldas por todo lado. Fomos crescendo e entendendo que a casa de Vovó era a nossa casa, mas com algumas vantagens de bônus. E aquele era o lugar escolhido para as pecinhas (apresentações de dança, teatro e desfile, criadas por nós mesmos). É nosso ponto de encontro, é onde plantei meu Pau Brasil, onde enterrei o corpinho da minha gatinha falecida, onde fazemos pequenos consertos de roupas, onde a manicure vai fazer nossas unhas, onde assistimos os jogos da Copa do Mundo. É lugar de ser rezar o terço, de comer canjica e pamonha no dia de Santo Antônio. Lá tem cheiro de café e se escuta a Ave Maria às 18:00h. Tem Zeza falando alto e os 3 cachorros sempre em festa. Tem amigo-secreto, no Natal, com toda a família reunida e um missa na calçada com a comunidade toda presente.
Pouco lugares, no mundo, conseguem significar e reunir tanto.


Seguem aqui algumas fotos:









sábado, 12 de novembro de 2011

Criança faz cada coisa...



Há uns dias, estava voltando de uma cidade vizinha pra Recife. Estava dirigindo sozinha. O som estava ligado e a cabeça, nos lugares mais longínquos. De repente, veio-me uma lembrança que me fez gar-ga-lhar.
Eu era muito criança, estava na casa de uma tia. Estava tranquila, brincando sozinha, quando alguém teve a brilhante idéia de me avisar que eu não podia colocar, na boca, uma determinada planta. Mostrou-me a planta. Era uma Comigo-Ninguém-Pode. E me explicou que ela era venenosa.


Ora eu não comia alface, coentro, espinafre, nenhum tipo de folha, por que danado eu iria enfiar Comigo-Ninguém-Pode na boca? Aviso completamente desnecessário, não é? Pois é... Mas eu fiquei com aquilo martelando no juízo. Tive medo de esquecer do aviso e comer a planta, sem querer. (Pode?) Não conseguia me desligar da ameaça. Então, displicentemente me aproximei dela... Olhei... Passei a mão... O diabo atentou... E Pei-buff! Enfiei a folha na boca!
Na mesma hora, bateu o arrependimento, o medo, o desespero. Desatei a chorar! Chorei muuuuito! E repetia: "Eu vou morrer!!!" "Eu esqueci!" "Eu vou morrer!!!" A casa inteira tentou me consolar e nada. Já tinham me dito que a danada era venenosa e agora queriam me convencer de que não era mais? Sem chance! Continuei chorando e afirmando que ia morrer. Até que alguém descobriu um antídoto contra o veneno da planta malvada: Um PIRULITO! Deram-me um pirulito e ainda me fizeram as seguintes recomendações: "Tem chupar ele todinho e depois tomar um copo de água." Desempenhei minha tarefa com todo o afinco e olha só! Deu certo! Estou vivinha pra contar a história. Hehehe...


E viva o Id, determinando nossas vidas!



sábado, 5 de novembro de 2011

Mentes Criativas


Considero-me uma pessoa de muita sorte por ter um trabalho tão interessante. Sou psiquiatra. Entre os médicos, essa especialidade não é das mais valorizadas. Não é incomum ouvir piadinhas do tipo: "Ah, então você largou a medicina?" "E aí? Já tá ficando doidinha? Todo psiquiatra acaba ficando doido!" A reação mais comum é pedir que eu tenha cuidado, pois "os doentes mentais são muito violentos". É verdade que alguns incidentes podem ocorrer, mas garanto que, fora do hospital psiquiátrico, se corre mais riscos.
Já passei por algumas situações bem interessantes e vou contar algumas aqui.


Caso 1
Antes preciso falar um pouco sobre o que chamamos de pensamento concreto, que ocorre nos pacientes esquizofrênicos, à medida que a doença vai se agravando. O pensamento concreto é decorrente da perda da capacidade de abstração e interpretação. O paciente entende tudo na sua forma literal, concreta, mas percebe duplos sentidos, nem informações subjetivas.
Eu estava acompanhando um paciente que estava internado em um hospital psiquiátrico e vinha muito descuidado com a aparência e higiene. Antes de atendê-lo, alguém da enfermagem me disse que ele estava bem melhor. Sentei com ele e o diálogo foi este:
- Olá, Fulaninho! Como você está?
- Bem! Estou melhorando.
- Já está tomando banho?
Ele parou, pensativo, olhou para cima e disse:
- Não, doutora. Estou aqui conversando com a senhora.
Essa, eu mereci!


Caso 2
Estava eu atendendo uma paciente que estava internada, quando uma outra entrou no consultório, de forma nada discreta, interrompendo a consulta. Essa era uma paciente recém-admitida, que eu não conhecia ainda. Ela me encarou e afirmou que me conhecia. Expliquei que eu não estava lembrada, que iria atendê-la em seguida, mas antes ela deveria me deixar concluir a consulta em andamento. Ignorou minha solicitação e continuou:
- Eu conheço a senhora sim! Já trabalhei na sua casa.
- Não, fulaninha! Você deve estar me confundindo. 
Mas ela insistiu:
- Trabalhei sim! Você não é aquela rapariga que vivia enchendo a casa de macho?
Respirei fundo, engoli a risada e esclareci:
- Não. Você está enganada. Deve estar me confundindo com outra pessoa.
Ela pareceu contrariada. Depois olhou para a outra paciente (a dona da consulta), que continuava sentada na minha frente. Soltou um sorrisinho faceiro e, com ar de cumplicidade, falou:
-Ah... Entendi! A Sra não quer que ninguém saiba, né?


Caso 3 (O último por hoje)
Tenho um paciente, na clínica, que esteve em uma crise muito grave, há uns 3 ou 4 meses. Vou chamá-lo aqui de Ivan (esse não é seu nome verdadeiro) Ele achava que estavam querendo invadir sua casa e lhe matar. Não aceitava tomar medicações, pois achava que era veneno. Vivia trancado, assustado, desconfiado, nem conseguia dormir. Ir à clínica pra iniciar um tratamento: Nem pensar! Fui, com outras pessoas da equipe, fazer uma visita à casa de Ivan. Quase que ele não nos deixava entrar. Decidi fazer uma medicação injetável, mas não estava presente nenhum profissional da enfermagem. Fui eu quem teve que aplicar a injeção.
Ele vem melhorando e já aceita ir à clínica para realizar o tratamento. Na última semana, eu estava super-ocupada e ele encarnou dizendo que queria falar comigo. Eu tentei explicar que outros pacientes estavam mais graves e ele iria ter que esperar o dia da sua consulta. Não teve jeito! Ele aproveitou a saída de um paciente e invadiu o consultório.
- Doutora, preciso lhe dizer uma coisa.
- Diga, Ivan - Vencida pela insistência.
- Eu acho que estou grávido da senhora.
- Como assim? - Disse fazendo cara de paisagem e engolindo o riso.
- Aconteceu naquele dia em que a senhora me aplicou aquela injeção... - E continuou com um discurso confuso, explicando seu delírio.
Fiquei encantada com a interpretação dele. De fato, meu ato foi muito simbólico. Fui lá, na casa dele, penetrei-o (com uma agulha) e deixei, no corpo dele, o meu líquido (a medicação). É claro que ele poderia estar grávido de mim. Como não pensei nisso antes? Sou apaixonada por essas mentes criativas.



terça-feira, 25 de outubro de 2011

Filhos dos meus filhos

No começo deste ano, tínhamos apenas 2 gatos: Haroldo com 3 anos e Liana com 2 anos. Ela já tinha cios regularmente, há pelo menos 1 ano, mas eles nunca tinham cruzado, mesmo a gente querendo muito que eles tivessem filhotinhos.



Em fevereiro, meu marido e eu fizemos uma viagem e passamos 15 dias fora de casa. Ao voltarmos, Liana estava mais gordinha, com barriguinha grande e crescendo sempre mais. Foi uma festa!
Os bebês nasceram em 09 de abril. Eram 2, mas um morreu logo na primeira semana, por causa de um acidente doméstico. Decidimos ficar com o filhotinho sobrevivente. Afinal, é o primeiro filhotinho de Liana e Haroldo, filho único, não conseguimos nos separar dele e passamos a chamá-lo de Corisco. Ele cresceu, se desenvolveu e nos trouxe muita alegria. É bastante travesso, brincalhão e dengosíssimo. Faz qualquer coisa por um colinho.



Estava pensando em dar anticoncepcional para Liana, quando comecei a achar ela mais gordinha e com a barriguinha crescida. Já era tarde demais. Estava gestante de novo. Haroldo demorou, mas aprendeu direitinho como fazer gatinhos. Corisco estava com 3 meses, ainda mamando, quando descobrimos a gestação. Nossos gatos dividem o apartamento conosco, não temos uma área reservada para eles, por isso tivemos dificuldade de interromper a amamentação e ele continuou mamando, apesar das nossas intervenções.
No dia 08 de agosto, nasceram os filhotinhos. Foram 4 (3 machos e 1 fêmea).




Liana se mostrou muito dedicada. Amamentou, cuidou e lambeu muito a cria. Os pequenos abriram os olhos, começaram a andar, aprenderam a brincar, mas, com um pouco mais de um mês, as coisas começaram a dar errado. Cheguei em casa e encontrei um dos pequenos muito molinho. Corri para a veterinária, mas era tarde demais. O filhotinho morreu. No dia seguinte, a história se repetiu e morreu outro machinho. As necrópsias não esclareceram a causa, mas nos levou a pensar em desnutrição. Todos bebês estavam muito magros e, como ele são muito peludos, eu não percebi. Liana vinha sendo espoliada há 7 meses e também estava muito magra, mesmo usando suplemento alimentar. Ela passou fevereiro e março gestando os primeiros filhotes, abril e maio amamentando, junho e julho amamentando e gestando novamente e agosto e metade de setembro amamentando. Ela não conseguiu nutrir 4 filhotes. Quando os 2 bebês morreram e nos demos conta da desnutrição deles, a fêmea, que chamávamos de Doralice, estava menos ativa, brincando pouco e o machinho estava normal. Investi muito na nutrição deles, mas só consegui salvar um. Doralice ainda resistiu por uma semana.


Agora temos em casa um filhotinho ativo, brincalhão, esperto, que come muita ração e ainda mama. Está crescendo. Tem um “buchão”, mas ainda não atingiu o peso adequado. Está com 2 meses e 18 dias. Ele usa direitinho a areia sanitária. Já está pronto para ganhar uma família nova. Ele será filho de Aline e Querido e se chamará Pantufa.
Estão aqui algumas fotos de Pantufa:



Aline e Querido, cuidem bem do pequeno. Espero que vocês consigam dar a ele muito amor, carinho, afeto e atenção, pois certamente vocês receberão isso dele. Que ele traga alegria pra vocês. E por favor não me deixem sem notícias, nem sem fotos. Abraço forte!






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