Há poucos dias, estava lendo o livro Comer, Rezar, Amar, de Elizabeth Gilbert. E achei extremamente interessante quando ela fala que ter um filho é como fazer uma tatuagem na cara. Você tem que ter certeza do que quer. Eu disse pra mim mesma, acho até que foi em voz alta: "Eu quero! Quero mesmo! Quero muito!" Disso, eu não tenho a menor dúvida.
E não pude deixar de pensar na ambivalência que venho vivendo. O desejo de ser mãe é enorme e muito presente, até determinante na minha vida. Contudo meus atos não revelam isso.
No início de janeiro, tinha uma consulta marcada com o ginecologista que fará minha Fertilização in Vitro. E adivinhem só... Esqueci a consulta! Como pude fazer isso? Como pude esquecer a consulta que tanto esperei? Puxa! Mal consegui acreditar no que havia acontecido. Entretanto, só o que podia fazer era remarcar a consulta e esperar tudo de novo.
Nas vésperas da nova consulta, deixei lembretes na agenda, no celular. O maridão estava avisado. Não tinha como esquecer. Fomos à consulta. O ponta-pé inicial foi dado. VIVA!!!!! Ele me solicitou vários exames, como era de se esperar. Saí de lá meio assustada com a quantidade de exames, mas disposta a fazê-los. Esperei passar o carnaval, depois o período menstrual, depois...
Bom, ainda não sei o que estou esperando. Sei apenas que já se passaram 34 dias, desde a consulta, e ainda não fiz exame algum.