segunda-feira, 28 de março de 2011

Ambivalência



Há poucos dias, estava lendo o livro Comer, Rezar, Amar, de Elizabeth Gilbert. E achei extremamente interessante quando ela fala que ter um filho é como fazer uma tatuagem na cara. Você tem que ter certeza do que quer. Eu disse pra mim mesma, acho até que foi em voz alta: "Eu quero! Quero mesmo! Quero muito!" Disso, eu não tenho a menor dúvida.
E não pude deixar de pensar na ambivalência que venho vivendo. O desejo de ser mãe é enorme e muito presente, até determinante na minha vida. Contudo meus atos não revelam isso.

No início de janeiro, tinha uma consulta marcada com o ginecologista que fará minha Fertilização in Vitro. E adivinhem só... Esqueci a consulta! Como pude fazer isso? Como pude esquecer a consulta que tanto esperei? Puxa! Mal consegui acreditar no que havia acontecido. Entretanto, só o que podia fazer era remarcar a consulta e esperar tudo de novo.
Nas vésperas da nova consulta, deixei lembretes na agenda, no celular. O maridão estava avisado. Não tinha como esquecer. Fomos à consulta. O ponta-pé inicial foi dado. VIVA!!!!! Ele me solicitou vários exames, como era de se esperar. Saí de lá meio assustada com a quantidade de exames, mas disposta a fazê-los. Esperei passar o carnaval, depois o período menstrual, depois...
Bom, ainda não sei o que estou esperando. Sei apenas que já se passaram 34 dias, desde a consulta, e ainda não fiz exame algum.

domingo, 13 de março de 2011

Carnaval é paixão.



Com o fim do carnaval, vem a sensação de alívio.
Não digo isso por não gostar do carnaval. Gosto sim! Gosto muito!
O carnaval é uma festa linda, diversa, colorida, divertida, repleta de manifestações populares. Então por que o alívio? Porque, durante poucos dias, dança-se muito, dorme-se pouco, alimenta-se mal. As pessoas se expõem a acidentes, ao sol, a adversidades e até a algumas drogas. O sexo se torna irresponsável. Os cuidados com a saúde e com a higiene diminuem. As viroses chegam. A euforia, a emoção e o ritmo frenético do carnaval refletem no corpo e o sobrecarregam. Essa festa maravilhosa precisa ser curta.
Sempre comparo o carnaval com a paixão, que é arrebatadora, espaçosa e até sufocante, mas necessária. Todos deveriam viver uma paixão, bem como um carnaval. E, assim como o carnaval, a paixão precisa ser temporária. Ela precisa ceder seu espaço para o amor, que chega trazendo alívio e brandura.
O calor do amor nos salva do fervor da paixão. E a alegria, que nos proporciona, nos livra da euforia. O amor nos salva do cansaço da paixão.
Depois da paixão, que venha o amor!
Depois do carnaval, que venha o São João!
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